Pedro Passos Coelho disse hoje que já teve duas reuniões com o PS e que “não” tenciona ter mais “nenhuma para fazer de conta ou simular que estamos a procurar um resultado que até hoje não teve qualquer significado porque o PS não deu nenhum contributo para que esse resultado fosse alcançado".
Na resposta, o presidente do PS, Carlos César, atirou as culpas para o primeiro-ministro acusando-o de, na primeira reunião, ter tido uma “conduta de grande arrogância e até beligerante”.
“A posição de arrogância era tal que colocava a questão como se ao PS estivesse reservado o ônus de o dr. Pedro Passos Coelho ser primeiro-ministro”, afirmou.
O presidente do PS frisou ainda que foi feito um “conjunto de perguntas por escrito” que serão tornadas públicas ainda hoje e às quais os socialistas não obtiveram a resposta que desejavam.
Acrescentou Carlos César que Passos Coelho revelou, na noite das eleições, uma “grande incompreensão em relação à situação eleitoral diferente que vivemos”.
Nesta senda, o socialista lembrou que o líder do PSD “não tem mais a maioria e é obrigado a dialogar com o PS”. Por esta razão, sublinhou, o primeiro-ministro “não pode tratar o PS como se fosse um partido amanuense do PSD, como se fosse o CDS”.
“Quem precisa de fazer reuniões com o PS é um governo com minoria que não está em condições de se apresentar ao Presidente da República como alternativa estável”, atirou, rematando com a garantia de que o PS “assumirá as suas responsabilidades perante os portugueses que são as de continuar as suas diligências que tem desenvolvido com boa-fé para que haja alternativa de Governo que mude o rumo do país”.