À saída da reunião de hoje com Cavaco Siva, Jerónimo de Sousa disse que foi possível estabelecer um acordo com “uma maioria de depurados que constitui condição bastante para a formação de um Governo de iniciativa do PS, que permite a apresentação do programa [de Governo], a sua entrada em funções".
Aos jornalistas, o líder do PCP disse ainda que, caso o presidente da República decida indigitar Passos Coelho, os partidos à Esquerda vão votar uma “moção de rejeição” contra o seu Governo.
Reiterando as palavras de Catarina Martins, Jerónimo disse que indigitar Passos será uma “manifesta perda de tempo”, uma vez que “PSD e CDS não reúnem condições [...] de fazer passar o seu programa".
O acordo entre PS, Bloco e PCP, poderia, sim, constituir uma “solução duradoura, que corresponde aos anseios dos trabalhadores e do povo português”, disse.
Jerónimo terminou o comunicado sem responder a perguntas, alegando não querer "dizer nem mais, nem menos" do que foi transmitido ao chefe de Estado. Depois do encontro com o PCP, Cavaco Silva recebe ainda hoje PEV e PAN para discutir a nomeação do primeiro-ministro.