A indigitação de Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro tem gerado muita controvérsia, mas para Eduardo Catroga a decisão de Aníbal Cavaco Silva não foi uma “surpresa” pois “está de acordo com a Constituição e de acordo com aquilo que tem vindo a ser prática”.
Em entrevista ao jornal i, o antigo ministro das Finanças na terceira legislatura liderada por Cavaco Silva explicou que, na sua opinião, no dia 4 de outubro os “eleitores portugueses disseram que a coligação deve governar e o Partido Socialista deve cooperar”.
E esta é uma solução que, no seu entender, já deveria ter acontecido em 2011.
“Na altura tinha lógica que o PS, que negociou o memorando de entendimento, estivesse no Executivo que tinha como missão pô-lo em prática. Agora o Partido Socialista deve ir para o governo porque é no governo que pode influenciar a política da União Europeia, é no governo que pode ser útil aos portugueses”, frisou.
Já no que diz respeito a uma coligação de Esquerda, Eduardo Catroga é perentório, lembrando que tanto o PCP como o Bloco de Esquerda são “partidos antieuropeus ou anti-NATO”.
“Eu não estou a ver bem o Bloco de Esquerda nem o PCP a assinarem um acordo de governo, transformando-se num ápice em partidos europeístas”, apontou.