José Pacheco Pereira é um conhecido social-democrata. Embora se mostre cada vez mais insatisfeito e contra as políticas do seu partido, jamais deixou de ser militante ‘laranja’. Isto porque mantém uma esperança de que as coisas possam mudar.
Em crónica no Diário de Notícias, o escritor crítica a direção atual do partido de ter muitos “aspetos opacos”. Um desses aspetos é o facto da direção do partido ser composta, na sua maioria, por elementos da maçonaria, quando o partido na sua génese tem uma tradição “antimaçónica”, por ser um grupo que se caracteriza por ser uma “rede de interesses e de organização do poder”.
Depois seguem-se críticas à política de Passos Coelho, que considera “sem dúvida” que consiste numa traição à matriz social-democrata. Isto porque há um “desprezo pelo mundo do trabalho, com uma linguagem em que o sucesso da economia se deve as empresas e não aos trabalhadores […]” e ainda um “desprezo pelos velhos”.
Assim, reforça, não se identifica com um partido e governo que são ideologicamente de direita.