"Não esperávamos a capitulação do Partido Socialista de Amarante perante aqueles que apenas se querem constituir como força de bloqueio à ação política do nosso executivo", afirmou o autarca.
Falando num jantar com cerca de 520 pessoas, que assinalava dois anos de mandato, após mais de 20 anos de governação socialista, o autarca social-democrata sublinhou que o seu executivo tem sido capaz de "assumir a responsabilidade e o desafio de enfrentar, de forma determinada, a complexidade de questões que o Partido Socialista não resolveu".
Com quatro eleitos no executivo, a coligação PSD/CDS governa Amarante, sem maioria, desde as autárquicas de 2009. A oposição conta com cinco representantes, quatro eleitos pelo PS e um vereador eleito por uma lista independente.
Voltando às críticas à oposição no executivo, Gaspar afirmou:
"Agora que está na oposição, o Partido Socialista podia, ao menos tentar ser capaz de assumir uma atitude de responsabilidade. Infelizmente, a opção deste Partido Socialista foi a de alinhar numa política de terra queimada".
Para o autarca do PSD, a oposição "aposta no lançamento de suspeições, promovido por aqueles que não encontram relevância para a sua ação, que não seja no plano da mesquinhez da análise processual ou pelo lançamento de atoardas a respeito da honorabilidade, não só do executivo, mas da equipa técnica da câmara".
Sem referir, em concreto, o alvo da crítica, Gaspar acrescentou:
"Sem ter conseguido cumprir os seus objetivos no plano pessoal, a opção foi clara, pôr-se em bicos de pés, para mostrar que ainda existe, através de uma atitude de obstaculizar tudo, de não deixar fazer para mostrar que, sem ele, na nossa terra, para tudo".
Censurando o facto de a oposição ter chumbado, recentemente, a atribuição de manuais escolares, o presidente lamentou que o PS esteja a alinhar "nesta estratégia".
O presidente apelou à necessidade de se fazer "política com ética e respeito" e "que não se impeça o desenvolvimento de Amarante para servir inúteis vaidades pessoais".
Aludindo a vários dossiês em que a oposição rejeitou a receção de obras realizadas, o líder do executivo da coligação PSD/CDS lamentou os ataques que têm sido feitos, considerando que "envergonham qualquer político de bem".
"Não ficaram sem a devida e merecida resposta. Porque, quem não se sente, não é filho de boa gente", exclamou.
O autarca admitiu que não esperava esta postura da oposição, até porque, frisou, a sua equipa sempre adotou "uma atitude de diálogo".
"Dadas as circunstâncias, mais não resta que reiterar o nosso compromisso com os amarantinos. Não me resigno. Lutarei sempre pelo melhor para a minha terra e para as minhas gentes", declarou, enquanto enunciava várias realizações do atual executivo.