“Marcelo não pode estar a hostilizar os seus para estar de bem com os outros”. É desta forma que um membro do Governo de Passos Coelho reage à campanha do candidato à Presidência da República. E não parece ser o único desagradado com a estratégia.
O problema está, segundo o jornal i, no facto de Marcelo Rebelo de Sousa estar mais preocupado em agradar ao eleitorado centrista, pondo de lado a Direita que o apoia. "Não precisa de atirar panos molhados à cara dos seus apoiantes naturais", faz sobressair a mesma fonte.
Marcelo sabe que a sua vitória está dependente do eleitorado centrista e é nele que está a centrar a sua atenção. Prova disso é o facto de afirmar que prefere um governo “PS com garantias de estabilidade à existência de governos de seis meses, oito meses ou de um ano”. Mais, já fez saber que caso seja eleito não irá dissolver a Assembleia da República independentemente das forças políticas que estiverem no poder.
A situação não está a cair bem junto dos políticos da Direita, mas segundo recorda um conselheiro de Marcelo, também em 2011 Cavaco Silva optou pela mesma estratégia, assumindo uma postura acima dos partidos.