Nasceu em Vila Real, há 48 anos. Segundo filho de uma funcionária dos CTT e de um bancário, Mário Centeno foi considerado um “aluno brilhante” desde o início do seu percurso escolar.
Mudou-se aos 15 anos para Lisboa, onde, com os três irmãos, continuaria os estudos. O curriculum e a licenciatura em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), concluída com 16 valores, valeram-lhe a entrada em Harvard.
Segundo a revista Visão, a prestigiada universidade norte-americana aceitou-o em 1995, depois de lhe atribuir um “percentil de 99%” ao avaliar a sua candidatura.
Regressou a Lisboa com a mulher e os três filhos em 2000, onde ingressou no Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal, tendo sido nomeado diretor-adjunto do departamento quatro anos depois, cargo que ocupou até ao final de 2013.
Desde o início de 2014 é consultor especial do conselho de administração do BdP, depois de ter concorrido ao cargo de diretor e não ter sido considerado.
É ainda professor no Instituto Superior de Economia e Gestão e na Universidade Nova de Lisboa.
Muitas vezes rotulado de “liberal”, Mário Centeno prefere dizer que tem um pensamento económico “de fusão" e que a única coisa que o define verdadeiramente é a família e o Benfica.
“Aprendemos mais a discutir com pessoas que têm propostas diferentes da nossa”, escreveu no prefácio da sua tese de doutoramento e pôs em prática nas últimas semanas, depois negociar com Bloco de Esquerda, PCP e PEV o cenário macroeconómico que coordenou para o PS.
Sem cargos políticos até aqui, Mário Centeno é agora um dos nomes fortes apontados para liderar a pasta das Finanças ou a do Emprego, num eventual governo liderado por António Costa.