Depois de assinado, novo acordo já gerou desentendimentos
A reversão das privatizações dos transportes públicos está no centro da polémica.
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Política Governo
Fizeram um acordo juntos, mas a posição sobre alguns temas ainda não reúne consenso. A anulação das privatizações dos transportes urbanos de Lisboa e Porto é o primeiro tópico a dividir o PS e as Esquerdas.
A ala comunista quer reverter o processo, mas Mário Centeno, o possível futuro ministro das Finanças pelo PS, disse que esse “princípio político será sempre sujeito a uma avaliação quanto aos danos patrimoniais e orçamentais que poderá ter”, cita o Expresso.
Este alerta, feito um dia após a assinatura do entendimento, não foi comentado pelos outros partidos com que o PS alinha para governar. O Bloco, por exemplo, desvalorizou as afirmações, considerando-as como apenas "um “lapso”. A CGTP subescreve e lembra que “PS, PCP, Verdes e BE assumiram um compromisso”, não havendo por isso “outra alternativa senão cumpri-lo”.
Este tema, entre outros, serão debatidos a finco no próximo dia 27, data para o qual os comunistas agendaram uma discussão em plenário de dois projetos lei, entre eles o da anulação dos processos de privatização que estão em curso, que englobam Carris, Metro de Lisboa e do Porto e STCP.
Do lado socialista surgem, ainda assim, suspeitas quanto ao silêncio de Cavaco após a queda do Governo. Ao Expresso, fonte socialista questiona o atraso na tomada de posição do Presidente da República, dizendo que “O timing da decisão presidencial pode ver a ser prejudicial à reversão das concessões”.
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