Pedro Nuno Santos integrou a equipa socialista que negociou os acordos com o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português.
Em entrevista ao Jornal de Notícias, o socialista frisa que nos próximos quatro anos é importante que o PS e os partidos de Esquerda trabalhem em “conjunto” e tentem “resolver muitas das diferenças” que possam existir.
Reconhecendo que é “um trabalho exigente”, o deputado lembra que a tal dificuldade se chama “democracia” e garante que os “partidos [Bloco e PCP] não se vão dissolver no PS como o CDS fez com o PSD”.
Relativamente ao Presidente da República, Pedro Nuno Santos acredita que o Chefe de Estado não irá seguir a via de um governo de gestão, pois “estaria a prejudicar gravemente o seu próprio país”.
“Não me passa pela cabeça que o senhor Presidente da República não indigite um primeiro-ministro que conseguiu o que Pedro Passos Coelho não conseguiu, que é um apoio maioritário e a garantia de que o programa de governo passe no Parlamento”, sublinha em entrevista ao JN.
Assim, e “usando os critérios do Presidente da República, é óbvio que António Costa será indigitado”.
Pedro Nuno Santos acusa a Direita de ser “muito hábil na comunicação “ e de ter conseguido “convencer muitos portugueses de que eles ou nós não tínhamos direito a mais, que não tínhamos direito a viver melhor do que aquilo que a Direita conseguiu”.
“Portugal tem direito a viver melhor e nós vamos provar que é possível vivermos melhor, sem perigar a situação financeira do Estado português”, garante.