Para Diogo Freitas do Amaral, a opção do Presidente da República é clara: Cavaco Silva “deve aceitar o Governo do PS nos termos que lhe são propostos”.
A opinião surge num artigo publicado na edição desta semana da revista Visão, com Freitas do Amaral a realçar que, “demitido pela Assembleia da República o Governo da maior força política, e assinados, pelo segundo partido mais votado, os acordos que se conhecem com os restantes partidos da esquerda parlamentar”, indigitar o secretário-geral do PS é o passo que se segue.
Mas os ‘recados’ de Freitas do Amaral a Cavaco Silva não se ficaram por aqui.
“O Presidente da República não tem qualquer base constitucional para pôr condições ideológicas, políticas ou programáticas a um partido político que lhe apresente uma proposta de governo com apoio parlamentar maioritário”, afirma.
O cofundador do CDS diz ainda que os riscos com o PCP remontam a 1975, “mas foi sobretudo devido aos fortes apoios recebidos do bloco soviético”. Por essa razão, não faz sentido excluir o apoio de comunistas a uma solução governativa, 40 anos depois.