"Há aqui da parte do Estado a imposição de constrangimentos que são inaceitáveis e são bloqueios ao desenvolvimento aos mais variados níveis", disse Edgar Silva durante uma visita ao concelho de Viana do Castelo.
Falando no final de uma visita às instalações da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão deficiente mental (APPACDM), o candidato afirmou que o "Estado não pode ter uma política madrasta para quem está na periferia, e depois de total apoio a quem está nos grandes centros urbanos".
"Há uma exigência de tratamento que não pode ser igual, porque as situações não são de igualdade, de uma discriminação positiva para quem necessita de respostas específicas", sublinhou.
Segundo Edgar Silva, "é contra esta forma inaceitável do Estado intervir" que a sua candidatura se irá bater nas eleições presidenciais de 24 de janeiro, garantindo que irá "tomar partido de quem, na periferia, reclama por justiça".
Como exemplo "deplorável" desse tratamento apontou o caso de dois Centros de Atividades Ocupacionais (CAO), e um lar residencial daquela associação de apoio à deficiência, respostas que deixam de ter apoio da Segurança Social.
Edgar Silva disse que se trata de "um problema que quase parece inacreditável" e classificou como "deplorável" o comportamento da Segurança Social.
"Os equipamentos estão prontos a funcionar e estão encerrados porque a Segurança Social assumiu compromissos e não está a honrá-los", sustentou.
"Eu como candidato à presidência da República e se vier a ser, se o povo assim o quiser, através do voto estas situações não podem deixar um candidato a presidente da República indiferente (...). Requerem decisões imediatas", defendeu.
Antes de visitar aquela associação, o candidato esteve no Instituto Politécnico de Viana do Castelo, o qual se debate "com insuficiente financiamento", tendo ainda apontado a introdução das portagens na A28, como um dos "obstáculos" que se colocam à região, no que diz respeito "aos direitos de mobilidade e ao desenvolvimento económico".
Edgar Silva deslocou-se ainda a uma fábrica de armas para contactos com trabalhadores e termina o dia com um jantar com apoiantes na sede do partido em Viana do Castelo.