O candidato comunista a Belém assume-se contra o Tratado Orçamental mas diz que tal não compromete as responsabilidades do Presidente da República, que “não jura cumprir e defender o Tratado Orçamental, mas sim a Constituição”.
“Não podemos ficar de mãos atadas [presos] a um Tratado se ele gera tanta morte social (…) Não podemos ser um país vergado aos interesses das grandes encomias europeias ou vocacionado, como alguns querem, a ser uma colónia de férias da senhora Merkel e dos seus amigos”, frisa.
Em entrevista ao Diário Económico, o candidato presidencial do PCP argumenta que se a França colocou a hipótese de não cumprir as metas do défice devido à necessidade de adotar medidas de combate ao terrorismo, Portugal, com “tanta gente na mais descalça pobreza” devia colocar a mesma hipótese.
Apesar de garantir que estão criadas condições de governabilidade, Edgar Silva diz que “não iria tão longe a dizer que há um acordo de Esquerda. Há um Governo de iniciativa do PS”, considera.
Questionado se confia em António Costa, o candidato respondeu que, se for eleito Presidente, estará sempre “de boa-fé numa relação que tem que ser de confiança institucional”.