Marisa Matias defendeu, esta noite, que um Presidente da República não pode exercer as suas funções “dentro de um gabinete”. A candidata acusou, ainda, Cavaco Silva, de ter andado sempre com uma “bomba atómica na mão” a assustar os portugueses, demorando demasiado tempo a tomar as decisões que eram necessárias.
“O Presidente da República deve ser a voz e quem articula os sectores que normalmente são mais silenciados na sociedade”, começou por dizer a bloquista em entrevista na TVI 24, para, em seguida, defender, que isso não é possível “apenas dentro de um gabinete”
“Não acredito em funções que só conseguem ser exercidas dentro de um gabinete. Deve ser feito nas instituições, fora dos gabinetes. Quando falo, falo de problemas que conheço por ter estado no terreno e conhecido situações concretas”, disse, considerando que “o mais alto cargo da nação deve ser a voz dos portugueses”.
Marisa Matias não deixou de analisar a prestação do antigo chefe de Estado considerando que este andou “sempre com uma bomba atómica nas mãos”, nunca revelando que decisões tomaria. Esta forma de atuação leva-a a defender que são precisas “novas formas de fazer política, uma forma que não tenha jogos nem chantagens”.