Francisco Assis, que foi o mobilizador daquilo que pretendia ser uma “corrente interna crítica e alternativa no PS, contra a decisão de costa de se aliar ao PCP, Bloco e PEV, diz agora estar “absolutamente certo de que António Costa se move pelos melhores motivos”.
Num artigo de opinião que hoje assina no Público, o eurodeputado socialista diz que nos próximos meses se vai saber “se Costa se dispôs a correr riscos em nome daquilo que entendeu como a imperiosa obrigação de formar um governo de centro-esquerda ou se, pelo contrário, aceitou fazer de conta que dirige a tão propalada geringonça motivado por medíocres objetivos de sobrevivência política pessoal”.
Na opinião de Francisco Assis, o primeiro-ministro é “um homem que fez uma opção política discutível mas que não está disposto a negar o seu compromisso europeísta”, ou seja, que assim se distingue daquela que diz ser a Esquerda radical.
“Antevêem-se meses de enormes dificuldades […] e essas dificuldades não o vão afetar apenas a ele [Costa], antes vão atingir todos os quadrantes da vida política portuguesa”, alertou.