"Foi uma manifestação mais triste, de desilusão"

O comentador Marcelo Rebelo de Sousa considera que a manifestação deste sábado foi “uma manifestação de desilusão”, por oposição à 'manif' anterior, de 15 de Setembro, que foi “de esperança”. Na TVI, o antigo líder do PSD afirmou também que Passos Coelho é “muito teimoso”, não querendo assumir uma mudança no discurso do Governo, e referiu que o primeiro-ministro e o líder do PS “estão condenados a estar mais próximos do que nunca”.

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Eudora Ribeiro
04/03/2013 07:18 ‧ 04/03/2013 por Eudora Ribeiro

Política

Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ontem no comentário semanal na TVI que a manifestação de 15 de Setembro teve “gente, em média, mais nova”, enquanto a deste sábado contou também com pessoas mais velhas e apartidárias. “Mas a grande diferença foi a de que a manifestação de 15 de Setembro foi uma manifestação de esperança e esta foi uma manifestação de desilusão, mas de revolta, protesto, indignação”, considerou o social-democrata.

Para Marcelo, em Setembro, "achava-se que o Governo estava para cair”, mas agora “o cenário mudou completamente” e “há um contexto completamente diferente”. “Agora, via-se no olhar triste das pessoas – foi uma manifestação mais triste do que a outra – via-se que as pessoas provavelmente acham que o Governo não vai cair”, frisou o comentador, acrescentando que, para daqui a seis meses, está já marcada, pelo menos, uma outra manifestação, “que são as eleições autárquicas”.

No comentário semanal, Marcelo considerou também que Passos Coelho “é muito teimoso, muito rígido e tem uma posição difícil”, custando-lhe mais a ele e a Vítor Gaspar assumir uma mudança no discurso do Governo do que a Paulo Portas. “Ele [Passos] em vez de discutir a mudança de rumo durante o temporal, preferiu falar de Portugal depois do temporal”, avaliou Marcelo.

O comentador sustentou ainda que Passos e Seguro “estão condenados a estar mais próximos do que nunca em termos políticos”, e adiantou que o líder rosa não fará nada de que se possa arrepender para quando, eventualmente, for primeiro-ministro, porque “pode precisar de uma coligação à direita”. 

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