À margem de uma visita à Escola Básica de Lagos, em Vila Nova de Gaia, Marisa Matias foi questionada pelos jornalistas sobre notícias avançadas hoje que dão conta de 18 medidas defendidas pela 'troika'(Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), cuja missão estará de volta a Lisboa a 27 de janeiro, numa terceira avaliação pós-programa de assistência económico-financeira.
"Não há mais por onde flexibilizar, não é esse o caminho e, portanto, acredito profundamente que essa recomendação esbarre na porta, porque não há mais para flexibilizar. O que há é recuperar os direitos laborais que foram retirados, recuperar os direitos de contratação coletiva. Isso sim é o que há a fazer no país", respondeu, quando questionada concretamente sobre a recomendação de flexibilização do mercado laboral.
Na opinião de Marisa Matias, "já se flexibilizou tudo" e "já nem sequer é proibido um despedimento coletivo", mas Portugal só tem tido "mais desemprego e nenhuma melhoria nesse campo".
"Qualquer dia, muito provavelmente, o que vão pedir é que as pessoas paguem para ser despedidas", vincou.
Questionada sobre se esta rejeição à recomendação deveria ser adotada pelo Governo liderado por António Costa, a concorrente a Belém foi perentória: "essa é a posição que serve o país".