A carta de Bruxelas, hoje enviada a Portugal, a pedir esclarecimentos em relação ao esboço do Orçamento do Estado para 2016 provocou o alarme e alguns deputados socialistas 'defenderam-se' através das redes sociais.
“Esta é a famosa carta”, escreveu o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro na sua página do Facebook, lembrando que não se trata de uma rejeição de qualquer esboço, mas sim de questões colocadas pela Europa.
Desta forma, o membro do partido ‘rosa’ questiona se “alguém consegue estabelecer uma relação entre o conteúdo [da carta] - e as críticas que faz ao anterior Governo e campanha – e a campanha de intoxicação a que assistimos na comunicação social”.
“Só a Direita devia estar confusa: é a primeira vez em alguns anos que um Governo recebe uma carta de Bruxelas e não desata a cortar rendimentos”, atira, acusando o anterior governo de diversos cortes.
Nesta senda, João Galamba frisou que, lendo a carta, “constata-se que a Comissão se limita a perguntar por que razão o Governo não reduz o défice estrutural em 0,6%, como recomendado”.
Na resposta, o socialista é perentório: “Depois do défice estrutural ter aumentado (repito: aumentado) em 2015, depois de franceses, espanhóis e companhia não reduzirem o défice como pretende a Comissão (não o fizeram em 2016 e não o farão em 2016), a resposta é evidente”.