Em resposta a uma pergunta da deputada do PEV Heloísa Apolónia no debate quinzenal, António Costa admitiu que "há sinais preocupantes dos níveis de poluição" no rio Tejo, sublinhando que foi criada uma comissão em janeiro para "monitorizar e identificar as fontes e apresentar uma estratégia de controlo dessas emissões".
"Temos que fazer trabalho articuladamente com Espanha porque é um rio que partilhamos quer nas suas oportunidades, quer nos seus riscos, quer infelizmente também nas suas emissões", disse, afirmando esperar que "tão rapidamente quanto possível" estejam disponíveis os "dados necessários para intervir no principal rio português" com "a maior urgência".
Heloísa Apolónica tinha defendido que o governo português reclamasse, junto das autoridades espanholas, uma revisão da Convenção Albufeira, que estabelece os termos da cooperação para a "Protecção e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas".
No debate, o deputado do PAN André Silva voltou a questionar o primeiro-ministro sobre "os contratos de concessão de prospeção e exploração de petróleo e gás", saudando o governo por ter anunciado que não irá celebrar mais contratos.
No entanto, André Silva defendeu que o Governo deveria "reverter os contratos" por razões ambientais mas também devido aos impactos económicos na região do Algarve, nomeadamente no setor do turismo.
António Costa reiterou que "os contratos celebrados devem ser cumpridos" e que o governo já anunciou que não seriam celebrados mais contratos.
"Nada de novo será feito sem a devida avaliação", assegurou António Costa.