Menezes critica "insensibilidade social" em alguns ministérios

O conselheiro de Estado e candidato do PSD ao Porto, Luís Filipe Menezes, admitiu esta terça-feira a existência de “insensibilidade social” por parte de “alguns ministérios”, aliada ao “excesso de tecnocracia” da troika.

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Lusa
12/03/2013 18:28 ‧ 12/03/2013 por Lusa

Política

Declarações

“Acho que o país está a fazer o melhor que pode. Eu não estou de acordo com todas as medidas e com algum excesso também (…) de insensibilidade social de um ou outro sector do Governo”, referiu Menezes, à margem de um encontro no edifício da Obra Diocesana de Promoção Social, no Porto.

O ainda presidente da Câmara de Gaia frisou ainda que “existem algumas falhas do ponto de vista social, aqui e acolá, em alguns ministérios”.

Questionado sobre as declarações do primeiro-ministro relativas ao salário mínimo, Luís Filipe Menezes afirmou ver com agrado “o esforço que este Governo tem feito no sentido de remediar (…) os muitos erros que se fizeram em Portugal”, mas realçou que não é “um troikiano”, nem “um apaixonado da troika”.

“É preciso pôr as contas do Estado em dia, mas é preciso, ao mesmo tempo, ter em linha de conta que isso não pode ser feito à custa da destruição completa da classe média, não pode ser feito à custa da multiplicação de fenómenos de pobreza para além do limiar do suportável e não pode ser feito do dia para a noite”, acrescentou Menezes.

O conselheiro de Estado reforçou a ideia de que na troika “há um excesso de tecnocracia, de funcionários muito cinzentões, que há uma década atrás eram de segunda linha”.

Menezes não sente “que os cidadãos estejam contra a austeridade”, mas sim que “não estão a acreditar nesta receita” e sublinhou que o processo “tem de ter ao mesmo tempo uma dimensão social e propostas que demonstrem que é possível fazer crescer a economia”, através do aumento no consumo, no investimento e nas exportações.

“Não pode haver mais consumo se tirarmos todo o dinheiro do bolso das pessoas, não pode haver investimento se o Estado não investe e se as empresas privadas não têm acesso ao crédito (…) não podem ser mais performantes do que aquilo que são”, assinalou.

Nesse aspecto, acredita haver “um erro de política europeia e não nacional” e que a Europa “está a ver muito mal este filme e a forma como está a gerir esta crise”.

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