Foi lançado ontem o Manifesto pela Democratização do Regime, que pede uma ruptura com o actual sistema político, argumentando que “alterar o sistema político elimina o pior dos males que afecta a democracia portuguesa”.
O documento foi subscrito por mais de 60 figuras dos mais variados sectores da sociedade portuguesa, entre eles militantes do Partido Socialista como os antigos deputados Henrique Neto, Eurico Figueiredo e Edmundo Pedro, e os antigos ministros Manuel Maria Carrilho e Veiga Simão.
Os 60 subscritores acusam os vários governos de terem conduzido o País para uma “tragédia social, económica e financeira” e criticam que a Assembleia da República (AR) “desacreditou-se” e tornou-se “um emprego garantido, conseguido por anos de subserviência às direcções partidárias”, com os deputados a colocarem "muitas vezes os seus próprios interesses acima dos interesses da Nação”.
O manifesto sublinha também, citado pelo Diário de Notícias (DN), a “diferença dramática” entre os políticos que pensam na próxima geração e os que pensam, sobretudo, na próxima eleição, e daí o alerta: “É urgente mudar Portugal”.