O deputado socialista João Galamba admitiu esta manhã na antena da TSF que o Novo Banco poderia ficar na esfera pública. Em plenário, esta semana, o PCP propôs que o antigo BES fosse nacionalizado. Esta, porém, não é a hipótese preferida do Executivo.
“A ideia do PS é vender o banco e tentar realizar o maior ganho financeiro possível para limitar perdas”, explicou João Galamba esta quarta-feira aos jornalistas na Assembleia da República, reconhecendo que os socialistas querem “vender o banco como está previsto e, nesse sentido, divergimos do PCP”.
Ainda assim, o mesmo João Galamba explicou que o próprio processo de venda ditará o futuro do Novo Banco. “Se não houver nenhuma oferta, o banco deve ficar na esfera pública”, afirmou, explicando que, perante a falta de comprador, “não temos propriamente uma alternativa”.
A venda do Novo Banco, explicou ainda, “seria uma ajuda para processos futuros de recapitalização da CGD, que é o banco público e prioridade do Estado”, afirmou.
“E Estado já tem um banco público, ter dois não seria propriamente a escolha do PS”, afirmou ainda o deputado do PS, lembrando que o Estado tem “um ano” para vender o Novo Banco.
O negócio será feito com o intuito de garantir “o melhor negócio possível, para contribuintes e setor financeiro português”, disse ainda.
“Se num cenário hipotético ninguém quiser comprar o Novo Banco, então resta ficar no património do Estado”, disse também João Galamba.
O Governo congratula-se ainda por ter “mais tempo para resolver a questão do Novo Banco do que tivemos com o Banif, algo que foi uma vantagem para os compradores mas uma desvantagem para os vendedores”.