PS rejeita críticas e recorda outra mudança na direção do CCB

O PS respondeu às críticas pela voz da antiga ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.

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Pedro Filipe Pina
01/03/2016 13:35 ‧ 01/03/2016 por Pedro Filipe Pina

Política

Canavilhas

Foi em tom duro e recordando o passado que o PS respondeu às críticas à decisão de João Soares em substituir António Lamas por Elísio Summavielle, à frente do Centro Cultural de Belém (CCB).

“O PS rejeita enfaticamente qualquer acusação de tentativa de controlo da máquina do Estado por via das nomeações, sobretudo vindo de um partido que apoiou o governo que mais tentou dominar e controlar o Estado por via das nomeações”, disse Gabriela Canavilhas.

Resposta surge num dia em que da parte do PSD surge a sugestão de que o PS quer ser o novo ‘Dono Disto Tudo’, expressão usada para caracterizar o poder que Ricardo Salgado, antigo patrão do BES, tinha no país.

Nas críticas que fez, a deputada socialista apontou a ‘mira’ em particular à criação da CRESAP, que seria um organismo de “transparência aos olhos dos eleitores” mas “acabou por ser instrumento de sancionar nomeações políticas”. Mas não se ficou por aqui.

“Ainda temos memória do que foi a substituição de António Mega Ferreira por Vasco Graça Moura”, disse a deputada.

Vasco Graça Moura, recorde-se, assumiu a liderança do CCB a 1 de janeiro de 2012, depois da não condução de António Mega Ferreira. Na altura, a polémica levou à demissão do conselho diretivo do mesmo, em protesto contra as razões invocadas para a não recondução de Mega Ferreira. 

“No setor cultural foi onde as nomeações políticas foram mais duras e mais diretas”, disse ainda a antiga ministra da Cultura do segundo executivo de José Sócrates (2009-2011), acrescentando que “o PSD não tem neste momento qualquer tipo de moral para falar de nomeações políticas”.

Para justificar a decisão, a deputada do PS referiu ainda estar em causa uma “desadequação do plano estratégico Ajuda-Belém”, algo que depende da “necessidade absoluta” de ser concertada com a Câmara Municipal de Lisboa, que não estaria a verificar-se.

“O CCB é uma fundação e enquanto for fundação tem os seus estatutos próprios”, em que está prevista esta forma de nomeação, defendeu. “É natural que o Estado faça exercer a sua tutela dando orientações diretas na forma como é gerida” a fundação CCB, argumentou.

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