O PCP evitou grandes aplausos e manifestações efusivas durante vários momentos marcantes da cerimónia. À saída da sessão solene, após um discurso de Marcelo Rebelo de Sousa marcado pela necessidade de combater desigualdades económicas e sociais, Jerónimo de Sousa defendeu que mais importante do que as palavras serão os atos.
“A prática é a mãe de todas as coisas”, afirmou Jerónimo de Sousa, numa reação em que Cavaco Silva não escapou a críticas.
Quando, por exemplo, há uma referência em relação ao anterior Presidente da República [Cavaco Silva] da defesa do Mar, o mesmo Presidente que, noutro tempo, privatizou e destruiu a nossa indústria naval… não basta ter boas intenções”, disse Jerónimo de Sousa.
Questionado pelos jornalistas presentes sobre os apelos a consensos, à convergência e ao “sarar de feridas” por parte do novo Presidente da República, Jerónimo de Sousa afirma que da parte do PCP “há sempre consensos naquilo de que é de convergir”. Porém, a “convergência em torno de quê é a questão central”.
“Importante era sarar as feridas em relação aos que viram as suas vidas destruídas, que tiveram que emigrar, que perder emprego, que viram reforma reduzida, essas sim são feridas que é preciso sarar”, afirmou, criticando as políticas de austeridade dos últimos anos.
O líder do PCP salientou ainda uma “nota em relação não só ao juramento que fez mas à forma como afirmou defender e fazer cumprir a Constituição da República. É um juramento perante milhões de portugueses”.