"Só para manifestar a minha alegria e o desejo de que o Governo de Portugal realize tudo que queremos: democracia e crescimento", declarou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, presente na Assembleia da República em representação da chefe de Estado brasileira, Dilma Roussef.
O presidente socialista da câmara de Lisboa, Fernando Medina, destacou a "leitura correta e precisa dos poderes presidenciais - não mais do que a Constituição permite, mas também nenhum a menos do que ela determina" - por parte do antigo presidente do PSD e comentador televisivo.
"Gostei muito do discurso. Leu bem o tempo em que estamos no país, de pacificação de entendimento, de convergência, com muitas feridas abertas do período do ajustamento e muitos estratos da população com problemas muito sensíveis ao nível da pobreza e da exclusão social", afirmou o autarca.
Segundo Fernando Medina, o novo Presidente da República "posicionou bem os desafios do país - aposta na ciência, na qualificação, no futuro" - e foi "muito preciso sobre as prioridades da política externa naquilo que é a mais-valia de uma nação aberta, capaz do diálogo e relação com várias partes do mundo".
O primeiro Presidente da República democraticamente eleito, general António Ramalho Eanes, preferiu "não quebrar a tradição de nunca fazer comentários".
O presidente da Comissão Europeia, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, e o ministro das Finanças português, Mário Centeno, também recusaram prestar declarações, já à saída do parlamento, mesmo desafiados pelos jornalistas relativamente às afirmações algo contraditórias entre o executivo socialista de António Costa e as instituições de Bruxelas.