António Costa falou aos jornalistas à saída da Assembleia da República, onde foi esta manhã discutido e aprovado o Orçamento do Estado, e referiu-se ao documento como “responsável” e capaz de virar “a página da austeridade”.
Apesar dos elogios ao Orçamento, e de antecipar a abertura do debate estratégico sobre o programa nacional de reformas para depois da Páscoa, o primeiro-ministro teceu duras críticas ao PSD e à forma como este agiu perante a discussão orçamental.
“Só não houve propostas apresentadas pelo PSD porque o PSD, em vez de querer chegar ao tempo presente, participar nos debates do presente e estar com os olhos fixados no futuro, ficou perdido num passado de que não se consegue libertar, entre um rancor e um azedume, e tendo renunciado a dar qualquer contributo para este debate orçamental”, atirou o chefe do Executivo.
O socialista relembra que esta foi a “primeira vez na história dos debates orçamentais que um partido não só não apresentou qualquer contributo, como adotou por princípio votar contra tudo o que era proposto, mesmo contra aquilo com que concordava”.
“O PSD votou contra 75 artigos que são a reprodução de artigos de 2015”, garante.
O primeiro-ministro reiterou que “a maioria [de Esquerda] na Assembleia da República é aberta à contribuição de todos”, recordando que todos os partidos que apresentaram propostas de alteração ao Orçamento viram algumas aprovadas e dando o exemplo do CDS.
“O CDS tem dado um bom exemplo, já se renovou, esteve no debate parlamentar, criticou o que tinha de criticar, votou contra o que era contra, votou a favor do que era a favor, apresentou propostas, umas foram aprovadas e outras rejeitadas, é assim que é a vida parlamentar”, afirmou.