“Este Governo está hoje politicamente morto”, afirmou esta noite na TVI24 o antigo ministro Augusto Santos Silva, justificando não encontrar “outra expressão que não situação de emergência nacional”.
Uma situação que, na opinião do ex-governante, “pode resolver-se com eleições, mas talvez valesse a pena que o Presidente da República tentasse, antes dessa solução, ver se o actual sistema político-partidário poderia gerar um Governo de emergência PSD/PS/CDS”.
E nesse cenário, quem seria o primeiro-ministro? “Não sei”, respondeu Santos Silva, revelando-se assertivo de que “evidentemente não seria o actual, nem me parece que uma solução de Governo de emergência nacional, desencadeada ou induzida pelo Presidente da República, pudesse ter um primeiro-ministro directamente vinculado a qualquer dos dois grandes partidos”.
Assim sendo, acrescentou o antigo ministro no habitual comentário na TVI24, “teria de ser uma personalidade suficientemente afastada, ou independente face às actuais direcções partidárias, para poder conduzir esse Governo de emergência nacional”.