O Executivo liderado por Pedro Passos Coelho está desgastado. São muitos os que defendem uma remodelação governamental, nomeadamente no seio do CDS, que integra a coligação. António Pires de Lima, ou Diogo Feio expressaram isso mesmo na Comissão Política Nacional dos centristas, Telmo Correia confirmou e Paulo Portas calou. Mas quem cala… consente. Nesta senda, apontou Marcelo Rebelo de Sousa, este domingo à noite, na antena da TVI, “é uma maçada mas Passos tem que correr com Relvas”.
Ora, a situação poderá ficar ainda mais negra para o Governo após o Tribunal Constitucional se pronunciar sobre a fiscalização sucessiva a algumas normas do Orçamento do Estado para 2013. “Ninguém sabe exactamente qual será a decisão Constitucional. Mas se for verdade o que diz o Sol, o chumbo de duas normas representará um buraco acima de mil milhões de euros”, perspectivou o comentador.
“E não vale a pena dizer que o Tribunal é mau”, alertou o antigo presidente do PSD. Os juízes “estão a cumprir a sua missão. E quem pratica o crime é que é responsável”.
Contudo, perante um chumbo do Palácio Ratton ao Orçamento, o Governo cai? “Tem de ter um novo fôlego político”, alertou o conselheiro de Estado, acrescentando, todavia, que “Passos não vai lançar a toalha ao chão e faz bem. Não precisamos de mais uma crise política em cima das outras”, afiançou o social-democrata.
Marcelo comparou ainda o primeiro-ministro ao líder do principal partido da oposição, António José Seguro. “Um chegou a general a partir de cabo, outro passou por vários graus e não se nota”, comentou fazendo corresponder a analogia a Passos e Seguro, respectivamente.