A recomendação que o PSD vai apresentar esta semana ao Governo, obriga a que os países tenham, dentro do espaço europeu, "uma comunicação mais limpa, mais harmoniosa" sobre o que significam e como deve ser feito o controlo sobre os paraísos ficais.
"Só vemos que ele possa ser exercido por autoridades financeiras e neste caso pelo próprio Banco Central Europeu (BCE), sobre a relação entre o sistema financeiro europeu e essas praças que têm regimes fiscais muitíssimo mais favoráveis", disse Passos Coelho, na Curia, distrito de Aveiro, no encerramento da Universidade Europa.
Na intervenção de mais de 45 minutos que fez perante os participantes na 9ª edição da iniciativa promovida pelo PSD, JSD, Instituto Francisco Sá Carneiro e Partido Popular Europeu (PPE), Passos Coelho lembrou que Portugal, nos últimos anos, cumpriu "uma política bastante prudente" sobre a matéria das offshores.
"Mantivemos, ao contrário de outros países europeus, na categoria de paraísos fiscais algumas destas offshores que têm vindo a ser noticia por más razões". O que significa que as autoridades tributárias em Portugal "não facilitaram a vida".
"Mas evidentemente precisamos de uma resposta à escala europeia", reafirmou.