O chefe do Executivo, Pedro Passos Coelho, não tem vivido tempos fáceis. As baterias de críticas chovem de todos os lados e a pressão adensa-se.
Além de alguns constrangimentos associados à manifestação pública do CDS, partido que integra a coligação governamental, face à necessidade de uma remodelação no Governo, isto para não falar da moção de censura que o PS irá a apresentar, o primeiro-ministro terá uma dor-de-cabeça ainda maior: o hipotético chumbo por parte do Tribunal Constitucional a algumas normas do Orçamento do Estado para 2013, enviadas, nomeadamente pelo Presidente da República, para fiscalização sucessiva.
Ora, será justamente para cima de Cavaco Silva que Passos ‘sacudirá a água do capote’, por assim dizer, caso o Palácio Ratton determine a inconstitucionalidade das medidas, adianta o Jornal de Notícias, o que poderá representar um rombo nos cofres do Estado na ordem dos 800 milhões de euros.
Assim, o líder do Executivo poderá recorrer a Belém para que se resolva o impasse e, sobretudo, por forma a que seja o Presidente da República a garantir a estabilidade política do País, assumindo, em parte, as consequências que poderão advir do chumbo do Constitucional.