No 43º aniversário do PS, o secretário-geral António Costa marcou presença na sede do partido, no Largo do Rato, Lisboa. Entre agradecimentos, o primeiro-ministro deixou também alguns apontamentos aos alertas dados pela Comissão Europeia esta segunda-feira.
"Quero saudar todos os antigos secretários-gerais do PS, naturalmente o primeiro de todos Mário Soares, Vítor Constâncio, Jorge Sampaio, António Guterres, Ferro Rodrigues, José Sócrates e António José Seguro. Para todos eles um grande abraço e a nossa gratidão pelo que deram ao partido ao longo destes 43 anos", afirmou.
Numa espécie de viagem ao passado, Costa explicou que "quando há 43 anos o PS foi fundado", ele tinha 11 anos e que agora o dever do PS "é trabalhar para as futuras gerações".
"Os valores são os mesmos porque a liberdade tem sempre novos passos que têm que ser ganhos. A democracia é sempre uma obra que não está totalmente acabada e que podemos sempre melhorá-la. Continuamos a ter sempre o mesmo desafio, o de melhorar a igualdade, de modernizarmos o nosso país", destacou.
O líder socialista reagiu ainda aos alertas deixados esta semana por Bruxelas, que disse que Portugal arrisca ter um desvio orçamental significativo este ano, reiterando que o Governo teria de adotar pelo menos mais 700 milhões de euros em medidas de austeridade para cumprir o ajustamento estrutural exigido de 0,6%.
"Quando vemos alguns dizerem que em Portugal não nos desenvolveremos aumentando o salário mínimo nacional porque estamos condenados a viver num país de baixos salários e pobreza nós temos que dizer não, não aceitamos viver num país de pobreza e baixos salários", sublinhou.
Para António Costa, o PS sabe e sempre soube "qual era o caminho certo a seguir" e "em todos os momentos estivemos do lado certo da luta pela coesão social, do combate à pobreza e da luta pela desigualdade".
"O PS foi sempre um grande partido reformista e sabemos bem que é esse o nosso lugar e a ambição dos nossos fundadores", rematou.