Paulo Portas e Pedro Passos Coelho já debateram, há uma semana, a remodelação no Governo, mas sem planos de demissões. A discussão entre os dois líderes dos partidos da maioria teve como temas centrais os cenários políticos caso o Tribunal Constitucional trave algumas normas do orçamento do Estado, mas ambos mostraram-se dispostos a não provocar uma crise política.
O semanário adianta que a intenção dos dois políticos é aproveitar o prolongamento das maturidades da dívida portuguesa para abrir um novo ciclo que deverá incluir uma remodelação no Governo, há muito defendida por Portas.
Miguel Relvas e Álvaro Santos Pereira são os dois nomes mais mencionados pelos centristas para a remodelação, e Passos Coelho admite uma possibilidade de mudança. Quanto ao ministro das Finanças, o primeiro-ministro já afirmou que não quer abdicar de Vítor Gaspar e o próprio CDS admite que deve permanecer até a troika abandonar o País.
Dirigentes próximos de Passos Coelho admitiram ao Expresso que a decisão do Tribunal Constitucional “pode abrir a oportunidade para essa mudança”.