António José Seguro apresentou hoje no Parlamento a quarta moção de censura ao Governo. No seu discurso, o líder da oposição afirmou que "esta é a moção da esperança, um porto de abrigo para muitos portugueses”.
Para o dirigente socialista, a moção serve para sublinhar a existência de alternativa a este Executivo. Durante todo o seu discurso, Seguro insistiu nesta questão de alternativa, bem como no facto de esta ser liderada pelos socialistas.
“Se o PS fosse Governo parava com a austeridade e com corte de 4 mil milhões de euros”, afirma o líder da oposição, admitindo, no entanto, que “a maioria parlamentar vai querer manter o Governo em estado de coma”.
“Quer a maioria queira, quer não a alternativa existe”, repetiu Seguro, acrescentando que, ao contrário do Governo liderado por Passos Coelho, o “PS defende disciplina e rigor orçamental”.
Seguro frisou ainda a necessidade de renegociação “profunda” do programa da troika, afirmando que sem ela “é irrealista pensar em cumprir as metas e os prazos”. Para o líder da oposição é preciso um “novo Governo que saiba defender os interesses do País na Europa”, e acrescenta: “A nossa dignidade como povo e como País não está à venda”.
Por fim, Seguro terminou o discurso de apresentação da moção dizendo que o partido se põe “ao serviço de Portugal” e deixa um recado para Passos Coelho: “Há uma primavera política a despontar, há um Abril a nascer em Portugal”.