"Governo não tem condições para tirar País da alhada em que está"

O secretário-geral do PS afirmou este domingo que o Governo não tem condições para retirar o país da “alhada” em que se encontra e acusou o executivo de Pedro Passos Coelho de ter perdido a confiança dos portugueses.

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Lusa
07/04/2013 15:38 ‧ 07/04/2013 por Lusa

Política

Seguros

Num discurso durante a apresentação de Ricardo Bexiga como candidato à Câmara Municipal da Maia, o secretário-geral socialista, António José Seguro, questionou: “Como é que vamos sair desta alhada em que o Governo nos meteu? E pergunto-vos: o Governo que nos meteu nesta alhada está em condições de nos tirar dela?”, respondendo: “Claramente não”.

Num evento em que foi assinado o 'Compromisso Autárquico' por parte de todos os candidatos do Partido Socialista (PS) aos municípios do distrito do Porto, o secretário-geral do partido disse ser necessário fomentar as exportações e criar um programa de redução de importações, “designadamente no sector da energia e no sector agro-alimentar”.

Para Seguro, o Executivo “ainda pode ser o Governo de Portugal, mas já não é o Governo dos portugueses” por ter perdido a confiança dos cidadãos.

“Para eles [Governo], as pessoas não interessam. Para eles, só interessam os números, para eles só interessa o corte, o corte e o corte, como se isso fosse a solução para os nossos problemas”, acusou António José Seguro.

Horas antes, na Póvoa de Varzim, o secretário-geral do PS disse discordar da posição do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, sobre a continuidade do Governo e afirmou que já não espera “nada deste primeiro-ministro”.

"A nossa leitura é muito clara, nós consideramos que o país vive numa situação de tragédia social que é necessário alterar e essa mudança implica a substituição do Governo”, disse Seguro, respondendo depois que não concorda com a posição do Presidente da República.

O secretário-geral do PS respondia aos jornalistas sobre se concordava com a posição de Cavaco Silva, que afirmou, no sábado, que o Governo dispunha de condições para cumprir o mandato democrático em que foi investido.

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