Em ‘stand-by’. Assim está o Presidente da República, Cavaco Silva, enquanto não for conhecido o desfecho das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin, em que o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho irá expor as soluções para acomodar o rombo de 1,3 mil milhões de euros nos cofres públicos, fruto da decisão do Tribunal Constitucional, que chumbou quatro das normas do Orçamento do Estado para 2013, enviadas para fiscalização sucessiva.
De acordo com o Diário Económico, Cavaco convocará de urgência os conselheiros de Estado, caso as medidas alternativas apresentadas pelo Governo não passem no crivo da Europa e daí decorra um impasse no âmbito do cumprimento das metas de ajustamento orçamental.
Tudo indica que o Conselho de Estado só terá lugar perante um cenário limite, nomeadamente, como aquele que ilustraria uma hipotética demissão da coligação governamental.
Não obstante o Presidente da República queira evitar alarmismos, estará a guardar esta cartada final na eventualidade de o jogo de bastidores partidário vir a falhar, indicam fontes próximas. Até porque, embora Cavaco tenha lançado um repto para o consenso entre os responsáveis pelo arco de governação, o líder do PS, António José Seguro, não dá mostras de vir a flexibilizar a sua posição 'anti-Passos' que, nas últimas semanas, se radicalizou.