António Pires de Lima, presidente do Conselho Nacional do CDS, disse ontem aos microfones da Rádio Renascença que “neste momento o doutor António José Seguro é basicamente um capataz do engenheiro José Sócrates”. Para o deputado centrista, o secretário-geral do PS “devia perceber que, se é para fazer aquilo que o engenheiro José Sócrates pede todos os domingos, os próprios socialistas vão acabar por se convencer que a cópia é bastante pior do que a receita original”.
Sobre a decisão do Tribunal Constitucional em chumbar quatro das normas do Orçamento do Estado para este ano, Pires de Lima lamenta que os juízes não se tenham pronunciado antes sobre decisões relativas ao aumento da despesa. Bastante crítico, o centrista alertou que o caminho para cumprir os compromissos externos passa agora por “uma redução de funcionários públicos” que não deve ser feita, contudo, de uma “forma cega”.
Para Pires de Lima, o País também não pode continuar “a ter um ministro das Finanças que é um peso pesado e um ministro da Economia que é um peso pluma”. O Executivo, sublinha, deve aproveitar o momento para reorganizar o Estado, perdendo desta forma a “obsessão de ter um Governo só com 11 pessoas”, pois esta solução “tem-se revelado um problema”.