"Cavaco não resistiu a acto mesquinho de vingança"

O antigo primeiro-ministro, José Sócrates, voltou a atirar farpas ao Presidente da República, Cavaco Silva, naquele que é o seu espaço de opinião semanal na antena da RTP1. “Cavaco não resistiu a um acto mesquinho de vingança”, considerou o socialista, reportando-se ao facto de o chefe de Estado não ter feito qualquer referência a José Saramago no âmbito da Feira Internacional do Livro em Bogotá.

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Elsa Pereira
22/04/2013 07:53 ‧ 22/04/2013 por Elsa Pereira

Política

Sócrates

“Foi um momento humilhante e vergonhoso para o País”. Assim classifica o ex-líder do Executivo, José Sócrates, a omissão do Nobel da Literatura português, José Saramago, por parte do Presidente da República, Cavaco Silva, no âmbito da Feira Internacional do Livro, em Bogotá.

“Cavaco não resistiu a um acto mesquinho de vingança contra um intelectual que foi seu adversário político”, assinalou o socialista, acrescentando que, embora o chefe de Estado tenha direito aos seus odiozinhos de estimação, o facto de não ter feito menção a Saramago “foi imperdoável para o respeito que deve merecer a literatura portuguesa”.

Ao mesmo tempo, o político, que falava no seu espaço de opinião semanal na antena da estação pública, não poupou críticas ao Governo de Passos Coelho. “Onze horas é tempo demais para não decidir”, comentou relativamente ao Conselho de Ministros da passada quarta-feira.

Para Sócrates, esta maratona, “não é prova de trabalho, mas de incapacidade. Os ninistros não se entendem e o Governo é incapaz de decidir. Finge que quer decidir não decidindo".

Ainda a este propósito, o antigo primeiro-ministro frisou que a conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros “foi patética”, sendo que, o apelo ao consenso com o PS veiculado pelo Executivo é lido por Sócrates como uma prova de que o Governo já não é capaz de governar sem apoios”. “O consenso é uma falsa questão para disfarçar a incapacidade”, concretizou o socialista. 

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