Braga Lino e Silva Peneda, agora ex-secretários de Estado, saíram do Governo em virtude da polémica associada à contratação de ‘swaps’ no sector dos transportes, uma vez que à data da celebração dos contratos de risco ambos eram gestores da Metro do Porto.
No entanto, também a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque assumiu a direcção financeira da Refer entre 2011 e 2007 e, ainda assim, permanece em funções no Executivo.
Segundo uma fonte próxima do Governo, citada na edição desta terça-feira do Jornal de Notícias, a secretária de Estado do Tesouro foi poupada à exoneração, uma vez que é “quem substitui Vítor Gaspar em Bruxelas”, além de ser a responsável por “correr o Mundo, de forma discreta, à procura de potenciais investidores para a dívida pública” e de “ser uma interlocutora importante da troika”.
Não obstante, a manutenção de Albuquerque não terá sido pacífica, tendo gerado algum descontentamento e aberto mais uma ferida no seio da coligação entre PSD e CDS. Pelo menos, não foi tão consensual quanto a continuidade no Governo do secretário de Estado da Segurança Social, Marco António Costa, também ele administrador da Metro do Porto, só que não executivo, o que o descarta do envolvimento nos ‘swaps’.