"Parecia um discurso de primeiro-ministro ou de um primeiro-ministro adjunto, tendo em conta a sua identificação com aquilo que o governo tem vindo a afirmar", afirmou o líder comunista, nos Passos Perdidos, após a sessão solene do 39.º aniversário da Revolução dos Cravos.
Jerónimo de Sousa criticou ainda Cavaco Silva por "não reconhecer que o povo é quem mais ordena, precisamente no dia 25 de Abril", classificando a ideia de que "de nada valerá ganhar ou perder eleições", apresentada pelo Chefe de Estado uma "demonstração de que o Presidente da República é tão responsável como o Governo pela situação que vivemos".
"Não fica bem a um Presidente da República pôr as decisões europeias, nomeadamente o Tratado Orçamental, à frente da Constituição da República Portuguesa", concluiu.