A porta-voz do Governo, Soraya Saenz de Santamaria, explicou após o Conselho de Ministros que foi aprovado o Plano Nacional de Reformas e que os "números dramáticos" do desemprego conhecidos na quinta-feira "obrigam a trabalhar mais no crescimento económico para corrigir os desequilíbrios".
Estas reformas excluem um aumento dos principais impostos, mas o governo está a ponderar taxas suplementares, nomeadamente em matéria de ambiente. "Não vamos aumentar os principais impostos (sobre os rendimentos e o consumo)", sublinhou Soraya Santamaria.
As novas reformas do Governo incluem o saneamento das contas públicas com medidas de consolidação fiscal, especialmente no âmbito da segurança social.
Deverá ser aprovada em breve uma lei de transparência e acesso a informação pública e um plano de luta contra a morosidade na administração pública.
A lei de racionalização e sustentabilidade da administração local também deve ser adoptada nas próximas semanas com o objectivo de poupar até 2015 quase 8 mil milhões de euros.
O governo espanhol está a preparar ainda um plano anual para estimular a criação de emprego.
A taxa de desemprego em Espanha subiu para 27,16% no final do primeiro trimestre, o pior registo em mais de 37 anos, ultrapassando pela primeira vez os seis milhões de desempregados, segundo dados divulgados na quinta-feira.