Tanto alguns membros do CDS como do PSD acreditam que a remodelação do Executivo não foi suficiente e pedem mais mexidas, que passam pela substituição do ministro das Finanças Vítor Gaspar.
Fontes da maioria governamental, citadas pelo Jornal de Notícias, acreditam que a saída de Gaspar do Governo é uma questão de tempo e que já terá sido acertada com o primeiro-ministro Passos Coelho, para “vincar a mudança de ciclo” e precaver piores resultados nas eleições autárquicas.
“Tenho toda a confiança no primeiro-ministro. Foi alguém por quem mudei o curso da minha vida. Mas fiz isso pelo doutor Pedro Passos Coelho e não pelo ministro das Finanças”, avisa o vice-presidente da bancada do PSD, Carlos Abreu Amorim.
Insistir em manter Gaspar pode significar para Passos a abertura de uma crise política, especialmente com o CDS.
Por outro lado, se a saída do ministro das Finanças estiver já acertada, certo é que Gaspar não sairá antes da reforma do Estado, dos cortes de 1,3 mil milhões de euros para compensar o chumbo do Tribunal Constitucional e da apresentação do Orçamento rectificativo, nem da eventual aprovação da extensão das maturidades dos empréstimos.