A oposição à criação de um imposto sobre os reformados fez com que o ministro Paulo Portas não assinasse a carta, ao contrário do que estava previsto, que Passos Coelho enviou para a troika a explicar os novos cortes.
De acordo com o Expresso, a versão original do documento seria assinada pelo primeiro-ministro e pelos dois ministros do Estado. No entanto, o líder do CDS recusou pôr o seu nome numa carta que admitia a nova taxa, tendo o texto seguido apenas com a assinatura do chefe do Executivo.
A recusa de Portas manteve-se ainda que Passos tenha dito que a medida servia mais para tranquilizar a troika, contando mitigá-la ou mesmo deixá-la cair até ao próximo Orçamento.
Por outro lado, a falta de assinatura do parceiro de coligação não muda aquela que é a posição oficial do governo. A medida, aliás, já voltou a ser defendida pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e pelo seu secretário de Estado, Hélder Rosalino.