Foi o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, quem terá arbitrado o braço de ferro entre Passos Coelho e Paulo Portas a propósito da taxa sobre as pensões.
Cavaco ter-se-á encontrado com o primeiro-ministro na manhã de domingo e falado depois por telefone com o ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CSD.
Investido em cumprir a missão de que as duas forças da coligação chegassem a um acordo por forma a que a tranche relativa à sétima avaliação do programa português fosse adjudicada pela troika, Cavaco terá, inclusive, sido bem sucedido na tarefa a que se propôs mesmo antes da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que teve lugar na tarde de domingo.
O encontro ministerial terá servido, então, para formalizar o texto a apresentar aos credores, mas o consenso havia já sido alcançado pela mão de Cavaco.