Passos admitiu a Cavaco iminente queda do Governo

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, deslocou-se a Belém no passado domingo para admitir perante o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, a iminente queda do seu Executivo, uma vez que o sétimo exame da troika ao programa de ajustamento português estava em risco, isto depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS, Paulo Portas, ter recusado a taxa adicional sobre os pensionistas, avança o semanário Sol.

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© REUTERS

Lusa
17/05/2013 09:24 ‧ 17/05/2013 por Lusa

Política

Primeiro-ministro

O chefe do Governo, Pedro Passos Coelho, foi a Belém dizer ao Presidente da República, Cavaco Silva que o Executivo estava mesmo em vias de cair, a propósito da oposição do ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS, Paulo Portas, à taxa adicional sobre os pensionistas, quando o seu aval era necessário para fechar a sétima avaliação da troika ao programa de resgate do País.

No entanto, também Cavaco Silva terá manifestado o seu desacordo face à tão polémica medida, e fez saber junto dos credores portugueses que as dúvidas que a mesma lhe suscitavam o conduziriam a enviá-la para o Tribunal Constitucional, indica o Sol.

Ora, o perigo do desmantelar do Governo bem como as reticências de Cavaco levaram a uma flexibilização da troika, que concordou então que a taxa integrasse o documento relativo ao sétimo exame, na condição de ser substituída caso se encontrasse uma solução alternativa.

Posto isto, e à última hora, Portas acabou por aceder em assinar o memorando, tendo também ele recebido um telefonema de Belém no sentido de amenizar a crise no seio da coligação.

Não obstante, este capítulo de tensão entre as duas forças políticas que governam o País parece longe de estar concluído. O líder do CDS declarava ontem ser “politicamente incompatível” com a TSU dos reformados, como ficou conhecida a taxa, sublinhando ainda que tem “uma palavra e não duas ao mesmo tempo”. 

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