Pires de Lima afirma que o papel do Governo e do CDS foi determinante para que a TSU dos pensionistas passasse de obrigatória, como era imposição da troika, a facultativa.
“A verdade é que aquilo que a troika queria, que era a imposição desta medida como parte da sétima avaliação, caiu, [a medida] ainda está no memorando mas como opcional”, disse o presidente do Conselho Nacional do CDS-PP em entrevista ao DN e à TSF, acrescentando que “sabe-se que teremos uma crise política se esta medida for incluída no orçamento de Estado para 2014”, com a saída do CDS e de Paulo Portas do Governo.
Pires de Lima adianta que nem Pedro Passos Coelho quer que esta medida avance, mas admite que o resultado do Conselho de Ministros extraordinário, onde foi discutida a TSU dos pensionistas, foi comunicado de forma a prejudicar o CDS, no sentido de um recuo de Paulo Portas.
Acho que a forma como, não oficialmente, em off, alguém não sei quem comunicou o resultado daquele Conselho de Ministros foi um tiro no pé e uma tentativa de prejudicar o CDS e o Dr. Paulo Portas e um bocadinho até pateta, se me permite a expressão”, disse o presidente do Conselho Nacional do CDS-PP.
“Eu creio sinceramente que o senhor primeiro-ministro não está interessado em que esta medida avance, não só pelo que significaria em termos políticos”, frisou.
