"Vejo [essa conferência] de forma positiva, porque defendo que todos os diálogos devem ser feitos em Portugal. Entendo que todos os contributos cívicos sobre o momento difícil que o país atravessa são bem-vindos", declarou António José Seguro após ter reunido com as confederações patronais do turismo e da agricultura.
Interrogado se estará presente nessa conferência dinamizada por Mário Soares, que se realizará na quinta-feira à noite, na Aula Magna da Universidade de Lisboa, o líder socialista respondeu que não estará presente.
"O facto de haver coisas importantes não obriga a que eu esteja presente em todas as iniciativas. Haverá dirigentes do PS que estarão presentes nessa iniciativa", salientou.
António José Seguro referiu depois que o ex-Presidente da República Mário Soares lhe comunicou "em devido tempo" o teor dessa iniciativa.
Interrogado se admite uma aliança de todos os partidos de esquerda a curto ou a médio prazo, Seguro remeteu para a posição que assumiu perante o último Congresso Nacional do PS em abril passado.
"Quando houver eleições [legislativas] o PS ambiciona ter uma maioria absoluta, mas mesmo com maioria absoluta não descartará nenhum acordo para a governação. Pelo contrário, procurarei acordos de incidência parlamentar - essa é a minha disponibilidade", frisou.
O secretário-geral do PS considerou ainda que "é fundamental o diálogo político sem tabus, sem nenhum complexo, com todos os partidos".
"Eu não excluo ninguém e até seria antidemocrático fazê-lo. É também necessário um diálogo social com todos os parceiros sociais. Noto em Portugal um enfraquecimento desses diálogos", acrescentou.