“Vamos privilegiar formação complementar. Temos o diagnóstico feito e há dois grupos disciplinares que nos preocupam com uma prioridade maior, que são os professores de EVT e os professores do 1.º ciclo [do Ensino Básico]. Vamos apostar na formação complementar com estágio para que esses professores passem a ter habilitação para outros grupos disciplinares”, revelou o secretário de Estado da Administração Escolar, João Casanova de Almeida.
A informação foi avançada no final da última ronda negocial com os sindicatos da educação dedicada às novas regras que o Governo quer aplicar para a função pública, que decorreu na quinta-feira nas instalações do Ministério da Educação e Ciência (MEC) no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, e que terminou sem acordo entre estruturas sindicais e executivo.
De acordo com Casanova de Almeida, esta formação será dada integrada no sistema de requalificação profissional, ou seja, no regime de mobilidade especial, mas “está ainda a ser pensada” a forma como será feita e se excederá, por exemplo, o tempo limite para a permanência no regime de mobilidade especial, fixado nos 12 meses.
O objetivo é que no final da passagem por esta formação os professores em causa estejam aptos a ser colocados noutros grupos de recrutamento que não aqueles a que pertenciam originalmente, ou seja, que possam dar aulas fora do âmbito da sua formação base inicial.