“O País está a ficar numa situação mais do que dramática. A austeridade não tem fim, é um saco sem fundo (…), vai chegar um momento em que a situação insustentável do ponto de vista social e económico e julgo que, nesse momento, mesmo este Presidente da República não terá condições para manter este Governo”.
As declarações pertencem ao líder do Bloco de Esquerda, João Semedo, que em entrevista ao Diário de Notícias fala de “um triângulo que apoia” o Executivo de Passos Coelho, a saber, “a banca, a Comissão Europeia” e... Cavaco Silva.
No entender de João Semedo, o CDS prefere “engolir as suas razões para continuar no Governo”, atribuindo a esse facto a não ruptura da coligação governamental.
“Faria todo o sentido que não se permitisse a um administrador da Caixa Geral de Depósitos com 18 meses de actividade que ficasse com uma pensão de 18 mil euros”, assinala, por outro lado, o responsável pelo Bloco de Esquerda, fazendo sobressair, porém, que “a esmagadora maioria dos pensionistas e reformados da administração pública tem baixos rendimentos mensais”.