“Abuso de poder”, “indecência política" e "completa falta de respeito pelos funcionários públicos". Estas foram as palavras escolhidas pelo antigo primeiro-ministro, José Sócrates, para catalogar a decisão do Executivo de só pagar o subsídio de férias aos trabalhadores do Estado em Novembro, e não em Junho como, por norma, sucedia.
Já no que remete para a questão da greve dos professores, agendada para esta segunda-feira, dia dos exames nacionais de Português e de Latim, Sócrates manifestou-se “perplexo” pelo facto de a proposta do colégio arbitral não ter sido adoptada, uma vez que era a “mais razoável e sensata”.
Saliente-se que o colégio arbitral optou pela não requisição dos serviços mínimos e sugeriu que a data dos exames fosse adiada por forma a que a paralisação dos docentes não afectasse os alunos.
No entender do socialista, a greve dos professores “justifica-se”, até porque em causa está a luta “pelo emprego”.