"Politicamente, o que posso dizer como primeiro-ministro, é que o país precisa menos de greves e mais de trabalho e de rigor, mas o direito à greve è inalienável e quem o fizer não faz mais que exercer esse direito inalienável", declarou, no debate quinzenal na Assembleia da República, que ocorre na véspera da realização de uma greve geral.
O primeiro-ministro acrescentou que o Governo "nunca deixará de respeitar" o direito à greve e sublinhou que a regulamentação da lei da greve "tem sobrevivido no essencial" a vários governos.
Pedro Passos Coelho disse responder desta forma ao secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que, no início do debate, tinha feito uma referência aos "tempos sombrios" em que se "proibiu a greve por decreto".
O primeiro-ministro defendeu ainda que o Governo "tem obrigação também de oferecer aos portugueses um horizonte de esperança que lhes permita pensar que os sacrifícios que estão a fazer têm significado", defendeu.