Uma possível redução de impostos fez reacender, esta semana, as divergências no seio da coligação governativa PSD/CDS.
No debate quinzenal, o primeiro-ministro Passos Coelho não se comprometeu: “Se me pergunta se o Orçamento do Estado para 2014 trará uma diminuição de impostos, o que posso dizer nesta altura é que muito me surpreenderia que isso acontecesse”, afirmou o chefe do Governo apesar de sublinhar que “desejaria muito que isso pudesse ser possível até ao final da legislatura”.
Mas, posição diferente tem o CDS. “2014 é o ano em que a troika sai e esse momento tem de permitir uma viragem em relação aos impostos. O Orçamento para 2014 tem de prever pelo menos a redução do IRC, mesmo que isso não seja possível concretizar logo em Janeiro”, avançou ao semanário um alto responsável centrista.
“Vamos deixar isso bem claro no congresso: o enorme aumento de impostos de 2013 não pode prolongar-se para 2014”, conclui. Contudo, de São Bento não chega qualquer garantia ou promessa de que tal vá mesmo acontecer.